Peugeot 307 de Perda Total é revendido como se fosse bom

Paula Carolina - Estado de Minas

Publicação: 06/04/2011 21:00 Atualização: 06/04/2011 21:22

Se os dois primeiros capítulos foram dignos de um enredo que talvez não passasse pela cabeça do mais surreal dos diretores, o terceiro não foge à regra. O Peugeot 307 07/07 placa HFW-3908 mais uma vez é o protagonista de uma história que nada faz jus aos 20 anos do Código de Defesa do Consumidor e que, novamente, deixa o consumidor com o papel menos valorizado entre os coadjuvantes.

CAPÍTULO 1 Tudo começa em março de 2009, quando o médico Amilton Cabral Júnior deixa seu Peugeot 307 2.0 07/07 automático na concessionária Peugeot Vernon para uma revisão. Uma semana depois, no momento de pegar o carro, ele descobre que funcionários da revenda, em teste, haviam sofrido um acidente com o veículo, que acabara submerso na Lagoa da Pampulha (reportagem publicada em 28 de março de 2009). Depois de meses de acordo (que por pouco não foi à esfera judicial), o médico é indenizado e o automóvel, devolvido à concessionária. No acordo, ao qual nossa reportagem teve acesso, a concessionária é clara ao afirmar que o acidente acarretara na “perda total” do veículo.


Modelo 307 2.0 07/07 ficou bastante destruído, mas foi recuperado pela concessionária...


...que o deixou com aparência de novo, e revendido a cliente, que soube do ocorrido ao ver reportagem do caderno Veículos, do Estado de Minas

CAPÍTULO 2 Um ano depois, o coordenador de marketing Ronaldo Aguiar Oliveira compra, também na Vernon, um Peugeot 307 2.0 07/07 automático. Alguns meses depois, visita uma oficina particular, troca o filtro de combustível (que fica no assoalho próximo ao banco traseiro), vê vestígios de lama e tem acesso à reportagem de Veículos do ano anterior. Aí, entende por que o carro nunca dava alinhamento de direção. Faz uma pesquisa e tem a confirmação: o carro que caíra na lagoa é o seu (reportagem publicada em 25 de dezembro de 2010).

CAPÍTULO 3 Depois de contato da reportagem, a Peugeot afirma que pretende avaliar o veículo para checar se poderia ter sido recuperado e revendido (acordo firmado com o proprietário anterior fala em perda total). Enquanto isso, Ronaldo tenta negociar com a concessionária, afirmando ter comprado o automóvel sem saber de sua procedência.

Mês passado, no entanto, o balde de água fria: “Por meio de missão técnica realizada pela Peugeot do Brasil, concluímos que a recuperação do veículo permitiu restabelecer seu funcionamento geral, sem afetar a segurança veicular”, afirma a Peugeot em e-mail enviado a Ronaldo Aguiar. Curiosamente, como se transferisse a responsabilidade ao proprietário, no mesmo e-mail, a representante da fábrica acrescenta: “Entretanto, sugerimos a substituição de alguns itens de manutenção: quatro pneus (alinhamento e balanceamento); forração do porta-malas; higienização do carpete do habitáculo”.





Chateado, Ronaldo repassa a resposta à reportagem – que, por diversas vezes, tentou ouvir a Peugeot a respeito, sem sucesso – e afirma que vai desistir da briga e procurar novamente a revenda para aceitar a proposta de um acordo extrajudicial. Na última semana, a reportagem voltou a entrar em contato com Ronaldo, que afirma não poder revelar a essência do acordo, já que a concessionária exigiu sigilo.

http://estadodeminas.vrum.com.br/app/noticia/noticias/2011/04/06/interna_noticias,43654/peugeot-307-acredite-se-quiser.shtml

Prezados,





Fiquei estarrecido com a matéria publicada no Estado de Minas em 06/04/11, no caderno veículos.
Trata-se da fraude perpetrada pela Vernon, concessionária da Peugeot, ao recuperar precariamente um veículo Peugeot 307, que foi objeto de perda total e não poderia ser recuperado, e depois vendé-lo como se fosse apenas um carro usado.
Embora estarrecido, também já fui vítima de uma concessionária da Fiat, que instalou peças de mercado paralelo em um veículo de minha propriedade. Era um Pálio Weekend com 04 meses de uso que se envolveu em um acidente. Em razão do fato de ser um veículo novo, a minha seguradora autorizou levar para uma concessionária justamente porque eu acreditava que o serviço teria qualidade.
Quando descobri que estavam colocando peças de mercado paralelo, me informaram que as peças foram fornecidas pela seguradora e que a concessionária somente estaria fazendo o serviço de funilaria, ou seja, não têm ética e nem zelam pelo nome da marca Fiat e da própria concessionária. E se a seguradora fornecesse uma peça que teria implicações na segurança, eles colocariam? acho que sim, ou seja, quem paga manda, ainda que isto possa causar prejuízos ou até a morte de alguém. Após minha indignação, eles colocaram as peças originais, mas eu só percebi que eram de mercado paralelo as lanternas e outras que não percebi? Além disso após, ter retirado o carro, descobri que eles colaram peças plásticas (saias que ficam abaixo das portas), sendo que estas peças deveriam ter sido substituídas, pois suas presilhas haviam quebrado.

Agora minha preocupação se renova, principalmente ao saber que a Vernon também não age com transparência e ética com os seus clientes, pois adquiri nesta concessionária e estou aguardando a chegada de um Peugeot 3008. Minha preocupação reside no fato de que inicialmente o carro seria entregue em abril/2011, mas logo após o pagamento do sinal, fui informado que a entrega seria na primeira quinzena de maio/2011. Mas qual será a verdadeira razão deste atraso? será que outro cliente pagou mais ágio? Eu paguei R$ 3.000,00 em relação ao preço sugerido pelo fabricante. E se na hora que o meu veículo chegar, alguém pagar mais ágio? E se o veículo for avariado será quem vão fazer uma maquiagem e me entregar? Quem é ético não aceita peças de mercado paralelo dento de concessionária do fabricante, não faz uso da impurroterapia, não enrolar o cliente e cumpre e que foi acordado.

Mas com tantas dúvidas, a pergunta continua, podemos confiar nas concessionárias de veículos? Acho que devemos confiar desconfiando, pois as experiências têm demonstrado que as concessionárias gostam de fazer os clientes de bobos e nós, clientes, devemos estar atentos, ler os manuais para não cair nas impurroterapias e sempre reunir provas para fazer valer os nossos direitos, ainda que pela via judicial, que têm dado boas respostas aos abusos.



Att

Etvan Geraldo Fosneca
Belo Horizonte/MG
(31) 8748.3360

Olá Etvan
você não é cadastrado, por isso não posso lhe enviar resposta para o seu e-mail,
de toda forma pegue esta dica:

Se a loja lhe prometeu, no ato da compra, a entrega do produto para abril de 2011 você pode exigir que eles o façam.
Eles tem a obrigação de cumprir com a oferta que lhe fizeram. Leia o Livro Direito do Cnsumidor: oferta e publicidade de Markus Samuel Leite Norat, Editora Anhanguera. Ele explica passo a passo todo o processo a ser tomado quando nós consumidores nos deparamos com fornecedores que não cumprem com os sireitos do consumidor.

aqui no livro diz que sempre que a loja faz uma oferta ou uma publicidade, eles ficam vinculados a cumprir com o que disseram. Mesmo que você assine um contrato com termos diferentes do que a loja disse na oferta, eles, mesmo assim, tem que cumprir.

eles lhe deram um prazo de entrega e você pode exigir que eles cumpram. É seu direito.

você pode pedir o dinheiro de volta, pode exigir receber outro produto equivalente, pode exigir receber o produto que comprou na data que eles prometeram. Caso não cumpram, pode exigir multa diária.
Você pode, inclusive, ingressar na justiça por isso ai
abraço e boa sorte.