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    CAR AND DRIVER BRASIL faz comparativo entre Chery Tiggo e Ford Ecosport – Chinês leva vantagem

    Bill Games
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    Mensagem por Bill Games Seg 22 Nov 2010, 20:09

    CAR AND DRIVER BRASIL faz comparativo entre Chery Tiggo e Ford Ecosport – Chinês leva vantagem Chery-tiggo-01

    A revista Car and Drive Brasil publicou em seu site um comparativo detalhado entre o utilitário Chery Tiggo e Ford Ecosport. Ambos disputam o segmento de utilitários esportivos com preços na casa dos R$ 50 mil.

    CAR AND DRIVER BRASIL faz comparativo entre Chery Tiggo e Ford Ecosport – Chinês leva vantagem Ford-ecosport-2009

    CAR AND DRIVER BRASIL faz comparativo entre Chery Tiggo e Ford Ecosport – Chinês leva vantagem I145116

    Pare de ler a C/D por um instante e repare à sua volta. Você consegue identificar onde foram produzidos os objetos ao seu redor? Não há escapatória: certamente há um chinês perto de você, não importa de onde venha o objeto que você esteja olhando.

    Assim é nas ruas - há muito de chinês nos carros que você cobiça. E, a partir de agora, é possível que você comece a reconhecer, cada vez mais, carros inteiros feitos na China. A Chery é mais um fabricante chinês que desembarca por aqui - e, a julgar pela estratégia agressiva da empresa e, principalmente, pelo Tiggo, o primeiro modelo da marca a ser vendido no Brasil, ela tem possibilidades de pavimentar o caminho para a invasão.

    A China se destaca pela competitividade de sua indústria. O custo de produção baixo e a agressividade fazem dos artigos chineses o pesadelo da concorrência. Mas apesar das evidências de que os chineses estão se preparando para um ataque mundial em massa, existem preconceitos. A primeira ressalva que surge contra qualquer artigo chinês refere-se à qualidade.

    Isso fica evidente quando o seu sobrinho aparece na sala com um boneco em pedaços, 15 minutos depois de você presenteá-lo. O Tiggo tem roteiro parecido. Preço baixo e boa aparência. E a qualidade? Para tirar a limpo esta história, levamos o novato para a pista com o EcoSport de mesma faixa de preço, na casa dos R$ 50 mil. E agora, qual destes dois utilitários será o verdadeiro negócio da China?

    2º lugar - Ford Ecosport XL 1.6

    gostamos
    Câmbio, posição de guiar
    pode melhorar
    Preço, vida a bordo, desempenho
    conclusão
    Perto do chinês, o Eco parece nu

    CAR AND DRIVER BRASIL faz comparativo entre Chery Tiggo e Ford Ecosport – Chinês leva vantagem I145119

    O EcoSport vai receber uma reestilização ainda este ano. A dianteira vai ganhar nova grade e o capô será cravejado com o nome do carro no melhor estilo Land Rover. A pergunta é: depois dessas mudanças, o Ford ganharia este comparativo? Não, não ganharia.

    O EcoSport neste confronto recebeu uma rasteira do chinês nos equipamentos. Por R$ 50.690, o EcoSport XL vem equipado com direção hidráulica e ar-condicionado. Pronto. É só isso. Para se igualar em equipamentos ao Tiggo, o jipinho terá seu preço aumentado para R$ 59.160.

    Além disso, O Chery tem garantia de três anos, enquanto o Ford conta com só um ano de cobertura. Outro fator que pesa é a cavalaria. O motor do Eco nesta versão é o 1.6 com 107 cv de potência (a álcool), enquanto o do Tiggo é 2.0 com 135 cv a gasolina. Se alinharmos os modelos por motor e equipamentos, o Ford custaria R$ 62.630 e o Chery permaneceria em seus R$ 49.900. Uma diferença de quase R$ 13 mil não é algo que se ignore, seja em tempos de crise ou não.

    O levantamento de preço das peças de reposição revelou que o Ford tem cesta básica mais salgada do que o chinês. Portanto, quando você precisar reparar uma batida, o conserto do Tiggo vai ser mais barato. Mas se os componentes são mais baratos, também são mais difíceis de achar. Com uma rede de 30 concessionárias, a Chery leva um baile da Ford com 384 lojas.

    O EcoSport ao volante não inspira sentimento de emoção. O carro quer ser confortável, proporcionar uma posição elevada para dirigir e ter aquela cara de aventureiro. E ele consegue alcançar esses objetivos. No entanto, falta ao Ford caráter próprio.

    Na mesma semana em que o EcoSport esteve aqui, um Fiesta também visitou nossa garagem. Os dois compartilham plataforma, motor e câmbio. Toda vez que eu andava no EcoSport, me sentia dirigindo um Fiesta com bota de couro importado. É possível ir para o barro com elas no pé, mas elas podem estragar se você o fizer.

    1º - lugar Chery Tiggo 2.0

    gostamos
    Preço, itens de série, segurança
    pode melhorar
    Rede de concessionárias, acabamento
    conclusão
    Uma compra para quem quer bom preço

    A China tornou-se a maior potência olímpica e colocou um astronauta em órbita por conta própria. Por que, então, não conseguiria fazer carros? Sim, ela produz automóvel. Porém, os chineses não conseguiram ganhar o coração dos ocidentais, apesar de serem uma tentação para o bolso.

    Ainda falta personalidade, beleza, refinamento e, mais importante, confiabilidade. Outras fábricas orientais passaram por este teste. Os japoneses, após a Segunda Guerra, apanharam para penetrar nos mercados mundiais. Eram ruins.

    Hoje são referência em administração e durabilidade. Os carros coreanos trilharam caminho parecido até chegar aos bons níveis de hoje. Os chineses querem pular etapas e conseguir em tempo recorde a mesma consolidação dos japoneses e dos coreanos.

    A chegada da Chery ao Brasil não é acanhada. O Tiggo é o primeiro de quatro modelos que o fabricante pretende lançar até o fim de 2009, segundo a marca. Na fila há um sedã, um compacto e um hatch. Todos com a mesma filosofia: preço baixo e muitos equipamentos de série.

    Além dessa mentalidade, um dos motivos para o convidativo preço do Tiggo é sua origem: ele vem do Uruguai. As peças vêm da China, mas ele é montado em uma fábrica em Carrasco, perto da capital Montevidéu. Como 30% de seus componentes são feitos no Mercosul, ele escapa da tributação de 35% que os carros importados têm de pagar.

    CAR AND DRIVER BRASIL faz comparativo entre Chery Tiggo e Ford Ecosport – Chinês leva vantagem I145126

    Os comentários aqui na redação foram de que o Tiggo se assemelha ao Toyota RAV4, da geração anterior. Sim, há semelhanças, mas não é uma cópia descarada como outros carros de fábricas chinesas.

    A lateral é lisa, livre de vincos. A grade frontal tem um cromado tão grande que é possível usá-la como espelho. O estepe pendurado atrás se encarrega de mostrar o espírito fora de estrada.

    A linha de cintura é discreta, as lanternas traseiras não se insinuam e as rodas combinam com o desenho do carro. O interior não impressiona, mas também não comete erros grosseiros.

    Os controles são intuitivos e a posição de dirigir é alta. Os plásticos têm uma textura menos agradável que os utilizados pelo Eco, mas passamos um dia com o carro e nada se soltou ou pareceu frágil demais.

    O Tiggo mostrou sobriedade e alguma qualidade. Por R$ 49.900, preço da única versão do carro vendida aqui, você leva direção hidráulica, ar-condicionado, vidros, travas e retrovisores elétricos, duplo air bag, ABS, rádio MP3 com entrada auxiliar e aquecedores dos bancos dianteiros.

    E não pense que este último item não tem utilidade por aqui. Ele rende risadas. Espere um dia quente e ligue o equipamento do carona discretamente. Aguarde e veja seu amigo desavisado se contorcer no banco e reclamar do aquecimento global. O porta-malas do chinês montado no Uruguai chama a atenção.

    Os bancos traseiros rebatíveis não são novidade. No entanto, no Tiggo é possível retirar toda a segunda fileira de bancos sem usar ferramentas. Basta destravar dois pontos bem sinalizados para puxar as poltronas. Elas serviram de sofá para a equipe enquanto o fotógrafo fazia seu trabalho.

    Portanto, o Chery está ligeiramente mais preparado para levar cargas. Ligeiramente? Isso porque o carro tem origem asiática. A tampa do porta-malas abre da esquerda para a direita, natural nos países com mão de direção inglesa. Isso significa que quando você parar à beira da calçada para descarregar, a porta aberta ficará no caminho entre você e o meio fio.

    A solução é dar a volta ou fechar a tampa enquanto segura a carga. O Tiggo não desmonta como os brinquedos chineses. Nossas medições mostraram que o ruído no EcoSport é maior. O motor 2.0 só bebe gasolina. A fábrica promete uma versão flex para 2010.

    Ele puxa bem os 1.375 quilos do carro e tem números de desempenho melhores que o EcoSport. Já o câmbio não tem engates precisos. A direção é leve, e por isso tira a comunicação. A carroceria se inclina nas curvas. Vocês queriam o quê? Não estamos testando um Cayenne!

    O Tiggo ganhou por ser bem equipado, custar menos e não cometer os pecados esperados de um produto barato. O acabamento não é grosseiro, o design não é uma cópia e o desempenho não é ruim. O atendimento e o pós-venda são uma incógnita. Só com o tempo poderemos julgar este quesito.

    FONTE REVISTA CAR AND DRIVER BRASIL

      Data/hora atual: Seg 29 Abr 2024, 13:22