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Fonte REVISTA CAR AND DRIVER http://caranddriverbrasil.uol.com.br/segredos/projecoes/conheca-o-proximo-toyota-nacional/3198
por Lucas Litvay e Gustavo Henrique Ruffo / Projeções: João Kleber Amaral - publicado na edição n 57 (set/2012)
http://caranddriverbrasil.uol.com.br/segredos/projecoes/conheca-o-proximo-toyota-nacional/3198
Às 9h05 de 30 de julho, o site de Car and Driver publicava em primeira mão a notícia: a Toyota iria anunciar, no dia 9 de agosto, a construção de uma nova fábrica de motores no Estado de São Paulo. Bingo! No dia, Akio Toyoda, presidente mundial da empresa, confirmou que a marca investirá R$ 1 bilhão em Porto Feliz (SP) para produzir os motores de Corolla e Etios. Mas as nossas fontes anteciparam mais que a chegada da nova fábrica. E a revelação mais notável desse diálogo nós mostramos agora. Repare bem no carro que ilustra esta matéria. Curtiu? Então, dê as boas-vindas ao próximo Toyota nacional.
Nome ele ainda não tem. Só o do conceito: Dear Qin. Estranho? Não para os chineses, aos quais o protótipo foi apresentado no último Salão de Pequim, em abril, tanto na versão hatch quanto na sedã. Os planos da Toyota são ambiciosos para os países emergentes (China, Brasil, Índia e Rússia). Em um comunicado divulgado durante o evento chinês, os japoneses disseram que estão desenvolvendo oito novos compactos para esses mercados até 2015. O plano é que, em três anos, a parte mais ao sul do globo seja responsável por 50% das vendas mundiais da marca. Atualmente representa 45% – duas vezes mais que em 2008. “Com Europa, Japão e EUA em crise [e onde a Toyota é forte], é questão de sobrevivência o investimento nos emergentes”, diz uma fonte ligada à marca.
Os japoneses sabem que precisam investir em compactos para ter êxito em seu projeto. Informalmente, e de certo modo a contragosto, alguns executivos da filial brasileira admitem que o Etios não será o carro que fará a Toyota atingir tal objetivo. O motivo? Diante de rivais de peso como VW Gol, Fiat Uno e até mesmo o Hyundai HB20, ele é simples demais tanto no acabamento quanto no design. A explicação da simplicidade é que o Etios foi feito para ser o contra-ataque da invasão chinesa (que nunca se concretizou) e, em seu desenvolvimento, o peso das preferências do consumidor indiano – onde ele chegou primeiro – foi excessivo. Para minimizar o efeito, e atender ao gosto do brasileiro, por aqui o Etios terá uma versão Cross.
1.3 e 1.5
A fábrica de Sorocaba (SP), inaugurada em agosto para a produção do Etios, poderá atingir capacidade anual de 400 mil automóveis. “Já temos licença ambiental para essa ampliação”, informa Mark Hogan, membro do conselho mundial da Toyota. Em 2013, serão 70 mil Etios produzidos por lá. A meta é que esse volume dobre nos próximos anos. O restante (260 mil) é para a produção dos novos compactos, como o Dear Qin, que começa a ser feito em 2014. Haverá outros dessa leva de oito compactos para emergentes. “Sorocaba será exclusiva para a produção desses carros.” A chegada dos novos modelos foi o principal motivo pela decisão de nacionalizar a produção de motores. “O Dear Qin terá os mesmos motores do Etios”, antecipa outra fonte ligada à Toyota. “A decisão de produzir os motores no Brasil é fundamental tanto na área logística quanto na financeira”, explica.
Entre Etios e Corolla
Além dos motores, Etios e Dear Qin dividirão plataforma. Em sua versão de três volumes, a novidade terá dimensões parecidas com as do sedã do Etios. Mas ele será um pouco mais comprido, largo e baixo, a fim de dar um aspecto mais esportivo. Serão 4,30 m de comprimento (ante 4,26 m do Etios Sedan), 1,48 m de altura (1,51 m) e 1,73 m de largura (1,70 m). O entre-eixos é exatamente o mesmo: 2,55 m. Ou seja, o próximo Toyota nacional também contará com bom espaço para os passageiros, o que já vem se tornando hábito neste segmento. Estão aí o Chevrolet Cobalt e o Nissan Versa para mostrar que o brasileiro aprova a tendência.
O porta-malas do Dear Qin não terá a vastidão do Etios Sedan (595 litros). Espere por algo entre 400 e 500 litros. “Ele será menos racional que o Etios”, explica a fonte. Quando ela diz menos racional, entenda que a novidade exibirá desenho mais arrojado. As linhas foram antecipadas pelo conceito chinês, que você confere nas fotos que ilustram estas páginas. “As formas finais são essas. Basta eliminar o excesso de futurismo”, diz a fonte, passando a dica. Assim, ao projetarmos o novo Toyota, eliminamos o avanço de faróis e lanternas pelas laterais e incluímos retrovisores e maçanetas externas. O hatch terá a mesma dianteira do sedã. Por dentro, aposte em arquitetura mais ousada e refinada que a do Etios. “O nível de qualidade será superior”. E a explicação para isso é simples: o Dear Qin será posicionado entre o Etios e o Corolla. Ou seja, será uma espécie de Honda City da Toyota. Irá brigar na categoria de compactos premium, hoje formada, entre outros, por Fiat Linea, VW Polo Sedan e Ford New Fiesta Sedan, que têm preço de tabela de cerca de R$ 50 mil. O hatch, que vai pegar pela frente o Citroën C3, o novo Fiat Punto e o futuro Peugeot 208, chega por volta de R$ 40 mil.
por Lucas Litvay e Gustavo Henrique Ruffo / Projeções: João Kleber Amaral - publicado na edição n 57 (set/2012)
http://caranddriverbrasil.uol.com.br/segredos/projecoes/conheca-o-proximo-toyota-nacional/3198
Às 9h05 de 30 de julho, o site de Car and Driver publicava em primeira mão a notícia: a Toyota iria anunciar, no dia 9 de agosto, a construção de uma nova fábrica de motores no Estado de São Paulo. Bingo! No dia, Akio Toyoda, presidente mundial da empresa, confirmou que a marca investirá R$ 1 bilhão em Porto Feliz (SP) para produzir os motores de Corolla e Etios. Mas as nossas fontes anteciparam mais que a chegada da nova fábrica. E a revelação mais notável desse diálogo nós mostramos agora. Repare bem no carro que ilustra esta matéria. Curtiu? Então, dê as boas-vindas ao próximo Toyota nacional.
Nome ele ainda não tem. Só o do conceito: Dear Qin. Estranho? Não para os chineses, aos quais o protótipo foi apresentado no último Salão de Pequim, em abril, tanto na versão hatch quanto na sedã. Os planos da Toyota são ambiciosos para os países emergentes (China, Brasil, Índia e Rússia). Em um comunicado divulgado durante o evento chinês, os japoneses disseram que estão desenvolvendo oito novos compactos para esses mercados até 2015. O plano é que, em três anos, a parte mais ao sul do globo seja responsável por 50% das vendas mundiais da marca. Atualmente representa 45% – duas vezes mais que em 2008. “Com Europa, Japão e EUA em crise [e onde a Toyota é forte], é questão de sobrevivência o investimento nos emergentes”, diz uma fonte ligada à marca.
Os japoneses sabem que precisam investir em compactos para ter êxito em seu projeto. Informalmente, e de certo modo a contragosto, alguns executivos da filial brasileira admitem que o Etios não será o carro que fará a Toyota atingir tal objetivo. O motivo? Diante de rivais de peso como VW Gol, Fiat Uno e até mesmo o Hyundai HB20, ele é simples demais tanto no acabamento quanto no design. A explicação da simplicidade é que o Etios foi feito para ser o contra-ataque da invasão chinesa (que nunca se concretizou) e, em seu desenvolvimento, o peso das preferências do consumidor indiano – onde ele chegou primeiro – foi excessivo. Para minimizar o efeito, e atender ao gosto do brasileiro, por aqui o Etios terá uma versão Cross.
1.3 e 1.5
A fábrica de Sorocaba (SP), inaugurada em agosto para a produção do Etios, poderá atingir capacidade anual de 400 mil automóveis. “Já temos licença ambiental para essa ampliação”, informa Mark Hogan, membro do conselho mundial da Toyota. Em 2013, serão 70 mil Etios produzidos por lá. A meta é que esse volume dobre nos próximos anos. O restante (260 mil) é para a produção dos novos compactos, como o Dear Qin, que começa a ser feito em 2014. Haverá outros dessa leva de oito compactos para emergentes. “Sorocaba será exclusiva para a produção desses carros.” A chegada dos novos modelos foi o principal motivo pela decisão de nacionalizar a produção de motores. “O Dear Qin terá os mesmos motores do Etios”, antecipa outra fonte ligada à Toyota. “A decisão de produzir os motores no Brasil é fundamental tanto na área logística quanto na financeira”, explica.
Entre Etios e Corolla
Além dos motores, Etios e Dear Qin dividirão plataforma. Em sua versão de três volumes, a novidade terá dimensões parecidas com as do sedã do Etios. Mas ele será um pouco mais comprido, largo e baixo, a fim de dar um aspecto mais esportivo. Serão 4,30 m de comprimento (ante 4,26 m do Etios Sedan), 1,48 m de altura (1,51 m) e 1,73 m de largura (1,70 m). O entre-eixos é exatamente o mesmo: 2,55 m. Ou seja, o próximo Toyota nacional também contará com bom espaço para os passageiros, o que já vem se tornando hábito neste segmento. Estão aí o Chevrolet Cobalt e o Nissan Versa para mostrar que o brasileiro aprova a tendência.
O porta-malas do Dear Qin não terá a vastidão do Etios Sedan (595 litros). Espere por algo entre 400 e 500 litros. “Ele será menos racional que o Etios”, explica a fonte. Quando ela diz menos racional, entenda que a novidade exibirá desenho mais arrojado. As linhas foram antecipadas pelo conceito chinês, que você confere nas fotos que ilustram estas páginas. “As formas finais são essas. Basta eliminar o excesso de futurismo”, diz a fonte, passando a dica. Assim, ao projetarmos o novo Toyota, eliminamos o avanço de faróis e lanternas pelas laterais e incluímos retrovisores e maçanetas externas. O hatch terá a mesma dianteira do sedã. Por dentro, aposte em arquitetura mais ousada e refinada que a do Etios. “O nível de qualidade será superior”. E a explicação para isso é simples: o Dear Qin será posicionado entre o Etios e o Corolla. Ou seja, será uma espécie de Honda City da Toyota. Irá brigar na categoria de compactos premium, hoje formada, entre outros, por Fiat Linea, VW Polo Sedan e Ford New Fiesta Sedan, que têm preço de tabela de cerca de R$ 50 mil. O hatch, que vai pegar pela frente o Citroën C3, o novo Fiat Punto e o futuro Peugeot 208, chega por volta de R$ 40 mil.
