O Brasil é mesmo o país do alto custo. A lista de produtos cujos similares estrangeiros custam bem menos do que aqui é enorme, mas no setor automotivo, podemos observar diferenças absurdas.
Esse alto custo nos preços, na produção, no pagamento de impostos, em logística, entre outros, já reflete na capacidade do país em disputar mercado no exterior. Está cada vez mais caro exportar, e não só por causa do real valorizado, mas por conta também dos custos internos.
Montadoras locais já não conseguem mais competir lá fora, já que seus produtos estão mais caros de produzir e de enviar. A Volvo do Brasil, por exemplo, vendeu 1.200 ônibus para o Panamá, mas somente 85 serão feitos no Brasil. E o resto? Será enviado da Suécia!
É isso mesmo. Mandar do norte da Europa para o Panamá é 10% mais barato do que enviar daqui. Além de não conseguirem fechar negócios no exterior, as montadoras já ameaçam importar cada vez mais peças para reduzir seus custos, visto que os preços no país estão bastante altos.
Os índices de nacionalização deverão também cair, como a Renault anunciou hoje. Atualmente o Sandero 2012 tem 87% de componentes nacionais, mas no futuro, novos produtos terão entre 65% e 70%.
Aliás, falando na francesa, é no Brasil que o Logan tem o preço mais caro do mundo. Na Romênia, terra natal do modelo, o preço é o mais baixo. Lá o Logan sair por R$20.500. Aqui, com os mesmos itens, custa R$37.500! Na França, por exemplo, o preço é de R$25.000, sendo 20% em impostos. No Brasil o Logan chega a pagar 33%.
Com o alto custo em toda a cadeia produtiva, não há como o Brasil conseguir muita coisa no mercado exterior. E no mercado interno, quem paga o preço da burocracia, ineficiência do Estado e ganância de algumas empresas é o cidadão comum, que além disso paga mais impostos do que deveria e recebe muito pouco em troca.
[Fonte: Valor Econômico]
Esse alto custo nos preços, na produção, no pagamento de impostos, em logística, entre outros, já reflete na capacidade do país em disputar mercado no exterior. Está cada vez mais caro exportar, e não só por causa do real valorizado, mas por conta também dos custos internos.
Montadoras locais já não conseguem mais competir lá fora, já que seus produtos estão mais caros de produzir e de enviar. A Volvo do Brasil, por exemplo, vendeu 1.200 ônibus para o Panamá, mas somente 85 serão feitos no Brasil. E o resto? Será enviado da Suécia!
É isso mesmo. Mandar do norte da Europa para o Panamá é 10% mais barato do que enviar daqui. Além de não conseguirem fechar negócios no exterior, as montadoras já ameaçam importar cada vez mais peças para reduzir seus custos, visto que os preços no país estão bastante altos.
Os índices de nacionalização deverão também cair, como a Renault anunciou hoje. Atualmente o Sandero 2012 tem 87% de componentes nacionais, mas no futuro, novos produtos terão entre 65% e 70%.
Aliás, falando na francesa, é no Brasil que o Logan tem o preço mais caro do mundo. Na Romênia, terra natal do modelo, o preço é o mais baixo. Lá o Logan sair por R$20.500. Aqui, com os mesmos itens, custa R$37.500! Na França, por exemplo, o preço é de R$25.000, sendo 20% em impostos. No Brasil o Logan chega a pagar 33%.
Com o alto custo em toda a cadeia produtiva, não há como o Brasil conseguir muita coisa no mercado exterior. E no mercado interno, quem paga o preço da burocracia, ineficiência do Estado e ganância de algumas empresas é o cidadão comum, que além disso paga mais impostos do que deveria e recebe muito pouco em troca.
[Fonte: Valor Econômico]