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    Dissidia 012: Final Fantasy - PSP

    Fulano
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    Dissidia 012: Final Fantasy - PSP Empty Dissidia 012: Final Fantasy - PSP

    Mensagem por Fulano Dom 08 maio 2011, 19:47

    por bruno galvão

    Quando lançou o primeiro Dissidia em Setembro de 2009, a Square Enix disponibilizou na Europa um colosso que tomou de assalto o mercado Japonês. Final Fantasy é um caso de estrondosa popularidade no seu país de origem e Dissidia ofereceu à portátil Sony um grande momento. Tendo em conta todo a popularidade que as portáteis tem naqueles mercado, algo bastante específico e único, não é de estranhar que um produto tão singular e cheio de qualidade quanto Dissidia deixasse a companhia com uma imensa vontade de realizar uma sequela o mais rápido possível. No entanto aqui surge uma divisória que separa a vontade de querer mais do que é bom do perder da sensação de frescura e singularidade. Face a isto Dissidia 012, que chega cerca de um ano e meio depois do original, tem como propósito oferecer uma experiência construída sobre as bases do original e apresentar melhorias que o tornem apelativo ao ponto de quebrar a barreira psicológico do 'parece que o primeiro ainda acabou de ser lançado'.

    Quanto a ambos estes pontos 012 não tem quaisquer problemas em cumprir. É um produto que rapidamente nos vai lembrar porque nos apaixonamos tão facilmente pelo primeiro mostrando igualmente novidades que nos mostram a validade das melhorias. Dissidia 012 é, tal como o anterior, um jogo de luta dinâmica em 3D cuja câmara se posiciona na sua maioria por detrás do nosso personagem mas que se movimenta de forma a proporcionar o tom o mais cinematográfico o possível no devido momento. Os personagens que aqui marcam presença vem todos do universo Final Fantasy e são os protagonistas e antagonistas de vários dos emblemáticos capítulos numerados na famosa série. Todos os personagens do primeiro regressam em forma jogável e ao seu lado surgem nove novos lutadores, entre eles Lightning de Final Fantasy XIII, Laguna de Final Fantasy VIII, Yuna de Final Fantasy X e Vaan de Final Fantasy XII, entre outros.

    Eles Vaan e vem. Novos personagens, visuais impressionantes, e história aprofundada.
    Apesar de ser uma sequela, 012 coloca-nos a par dos eventos decorridos anteriormente ao que foi visto no primeiro. Isto vai permitir que o jogador tenha um maior acesso ao desenrolar dos eventos que levaram à grande luta entre Cosmos e Caos. Estes dois seres invocaram as grandes figuras da série Final Fantasy para lutarem uns contra os outros, representando a eterna luta entre o bem e o mal. Como seria de esperar o foco foi colocado nas novas, e grandes, figuras da série e vamos conhecer o seu papel nos eventos que antecederam a luta do primeiro. Os eventos que nos são contados conseguem manter o jogador cativado mas por vezes tudo pode tornar-se um pouco confuso. Para além dos capítulos que constituem a linha narrativa principal, o jogador também desbloqueando relatórios que nos contam eventos sobre uma outra luta entre o bem e o mal.

    Uma das mais aparentes e maiores melhorias com a qual os jogadores se vão imediatamente deparar é com a forma como o modo para um jogador está estruturado. Ao invés dos infindáveis ecrãs em jeito de tabuleiro, agora temos um mundo em semelhança ao que vemos nos tradicionais jogos desta série onde controlamos o nosso personagem e progredimos na narrativa. Isto torna toda a experiência de jogo muito mais familiar e perde aquela sensação de esquema desajeitado para dar lugar a uma sensação de produto completamente realizado, como se uma ideia tivesse quebrado um dos seus grandes obstáculos para projectar a sua visão completa.

    Por vezes surgem adversários espalhados pelo mundo, na forma dos minikins, soldados de cristal que representam uma grave ameaça para os heróis, e até temos a companhia de alguns outros personagens em certos momentos. Para progredir temos que aceder a portais que nos transportam para um ecrã igual ao do primeiro jogo, um esquema em jeito de tabuleiro. Neste ecrã o jogador vai de quadrado em quadrado obedecer às mesmas regras do primeiro, iniciar uma luta contra uma figura com outra ao lado significa duas lutas seguidas por exemplo, até chegar à última figura que nos dá acesso a uma nova sequência de história e a uma luta contra uma grande figura.

    Ao entrar nas lutas o jogador vai poder constatar que quase tudo permanece igual à fórmula original, e aqui neste ecrã os mais desatentos até podem ser enganados a pensar que estão a olhar para o primeiro e não para Duodecim. Dissidia coloca-nos em lutas de um contra um, nas quais agora é possível invocar um colega de equipa para este realizar um ataque, e cada personagem tem uma barra de HP e um determinado valor de ataque que surge no ecrã na forma de números que representam os pontos de Bravura. Para derrotar um adversário temos que aplicar ataques de Bravura retirando do adversário para nós valores até atingir um número que nos permita efectuar um ataque de HP que o elimine. Podemos efectuar um ataque de HP sempre que o desejarmos mas o processo recomenda o aumentar dos valores de Bravura para melhores resultados.

    Todo o esquema permanece um verdadeiro vício. Os combates são tão simples quanto se poderia ter num ambiente de acção dinâmica e aqui Dissidia 012 ostenta toda a qualidade que imprimiu ao primeiro a capacidade de se conceituar. Muito mais do que um simples jogo de ataques, somos convidados a recorrer à ajuda de companheiros de equipa, ao uso da táctica de desvio (o dodge) e à investida rápida e directa sobre o adversário (o dash) quando necessário. Todo o alternar entre acções e ataques incutindo no jogador uma vontade de aprender a dominar as melhores oportunidades e janelas para os usar faz com que tudo chega quase a ser um jogo de ritmo e Dissidia por vezes quase parece um bailado a decorrer à nossa frente.

    Outro elemento de gestão que ajuda a introduzir algum sentido táctico aos combates é a possibilidade de os personagens acederem ao EX Mode, uma versão melhorada deles mesmos. Quando a respectiva barra se enche na sua totalidade, podemos activar este modo e assim aplicar maior dano e até desencadear os mais poderosos e vistosos golpes especiais. Esta é mais uma forma com a qual o jogo vai desafiando o jogador e vai mantendo o ritmo elevado e frenético. Os combates nunca se tornam monótonos e a progressão é feita com alto cuidado.

    O modo história beneficia de melhor estrutura, com uma espécie de mundo no qual navegamos entre portais.
    Tal como na série que está na sua origem, os personagens de Dissidia ganham experiência não só ao vencer combates mas também ao executar certas acções nas batalhas. Ganhar experiência e dinheiro é o processo base nas fundações deste título e o jogador deve estar sempre atento ao seu nível e ao seu equipamento, assim como às novas habilidades que desbloqueia que levam maior variedade e opções para o campo de batalha. Os fãs do primeiro vão-se sentir em casa e excepto pequenas melhorias e ajustes na jogabilidade durante os combates, vão sentir que pouco mudou e todo o esquema é igual.

    Visualmente Dissidia 012 é verdadeiramente espantoso. Apesar de idêntico ao primeiro, os personagens parecem ainda mais detalhados e os novos cenários beneficiam de melhor design. As sequências que nos contam a história são deslumbrantes e certamente quem tem acompanhado os recentes títulos PSP da Square Enix sabe o que esperar. É uma qualidade que espanta numa consola portátil e que nos parece indicar que está a ser levada ao máximo. De topo é também a componente sonora que entre uma grande qualidade nas vozes dos personagens e músicas vindas directamente dos jogos da série, é uma delícia para os fãs. Músicas emblemáticas e que nos trazem tanta nostalgia surgem em versões preparadas especificamente para este título e que nos cativam sem reservas.

    A Square Enix diz que são precisas cerca de 60 horas para ver todos os finais e conhecer toda a história desta luta entre o bem e o mal. Para os mais dedicados tal valor pode subir pois adquirir os itens, obter melhores equipamentos e desbloquear todos os extras vai manter o jogador com a portátil nas mãos durante muito tempo. Especialmente quando descobrem que todo o modo história do jogo original se desbloqueia assim que completam a história de 012. Para além disto podem defrontar um amigo via ad-hoc, oferecendo um bónus a todos os que não viram a cara a uma luta.

    Dissidia 012: Final Fantasy é um produto cujo tom semelhante ao original pode criar a ilusão que pouco mudou e apesar de tal não deixar de ter uma ponta de verdade, a sequela faz-se munida de argumentos sustentados pelas melhorias que o tornam em algo mais sólido e com melhor estrutura, a compensar a perda do factor novidade. No entanto continua ainda forçosamente remetido para um estatuto no qual apenas pode ser recomendado aos fãs da série que vão absorver vividamente todos os minuciosos detalhes que só eles vão perceber.

    8/10

      Data/hora atual: Qui 16 maio 2024, 00:56