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    TROFEU GAME WORLD

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    Mensagem por Croc Sex 03 Abr 2009, 23:52

    Como Foi o Troféu Gameworld
    Bem, é melhor eu falar logo sobre o Troféu Gameworld, que o assunto já está bombando por aí. Ah, a rapidez estonteante da internet.

    Para começar, o evento que rolou ontem foi bem legal – em se tratando de evento de games no Brasil. Aconteceu no Teatro Imprensa, aquele de propriedade do Silvio Santos (o “SS” impresso nas portas não deixava ninguém se enganar). A platéia estava tomada e havia demonstradores exibindo Wiis e Xbox 360s logo no lobby de entrada. Nas poltronas do teatro, os jornalistas de sempre (que sempre estão nos poucos eventos do gênero), os executivos das empresas (idem) e algumas dezenas de leitores-convidados. Platéia interessada, clima cheio de pompa.

    Lógico, como todo evento de premiação, não foi perfeito. Houve gafes entre o que rolava no palco e o que era mostrado telão. O apresentador convidado, o impagável Carlos Eduardo Miranda (na foto ao lado, com o André Forastieri), segurou a onda na base do improviso e rendeu risadas nos momentos que o constrangimento bateu. No mais, foi bem divertido e caprichado enquanto acontecimento. Havia executivos estrangeiros na platéia (que não paravam de falar nem por um minuto), que garantiram os discursos em português cheio de sotaque (eles também deram as caras em videozinhos exibidos no telão - bem legal). E a distribuição de brindes através de sorteios garantiu o público sentado até o fim (eu mesmo, veja só, fui sorteado).

    Em seguida, um coquetel de interação no saguão serviu para aquele“get together” de praxe. Os vencedores exibiam felizes seus trofeuzinhos enquanto pessoas de gravata trocavam cartões e faziam networking. O restante (eu incluso) se entupia de cerveja e canapés. Fofocar e falar mal da vida alheia era a ordem em cada rodinha. Não é pra isso que serve esse tipo de evento também? Mas tudo com muita parcimônia e bom-mocismo. O mercado de games brasileiro é, antes de tudo, feliz. Qualquer desavisado que chegasse ali naquele momento realmente acreditaria que estamos em franco crescimento.

    ***

    Ah, sim: os vencedores do Troféu. Vou listá-los desordenadamente, da mesma forma que foram apresentados no palco (lembre-se que as escolhas dizem respeito aos lançamentos de 2008):

    Melhor game para PC – Fallout 3

    Melhor Mouse – Microsoft

    Melhor Game para Download – Mega Man 9

    Melhor Placa de Vídeo – Gygabite

    Melhor Fonte de Alimentação – Coolermaster

    Melhor Experiência Multiplayer – Littlebig Planet

    Melhor Operadora de Celular – Oi

    Melhor Produtora/Desenvolvedora – Capcom

    Melhor Celular para Jogo – Sony Ericsson K850i

    Melhor Jogo para Celular – Duke Nukem Mobile 3D

    Melhor Jogo para PlayStation 3 – Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots

    Melhor Jogo para Wii – No More Heroes

    Melhor Jogo para Nintendo DS – Castlevania: Order of Ecclesia

    Melhor Jogo para PlayStation 2 – Naruto: Ultimate Ninja 3

    Melhor Jogo para Xbox 360 – Grand Theft Auto IV

    Melhor Distribuidora de MMO – Gamemaxx

    Melhor Distribuidora de Games – JPTech

    Melhor Produtora/Distribuidora de Celular – GameZ!

    Melhor Loja Especializada – UZ Games

    Melhor Anúncio de 2008 – Cabal Online

    Melhor Experiência de Compra – FNAC

    Melhor Jogo de PSP – Crysis Core: Final Fantasy VII

    Destaque de 2008 – Taikodom

    Melhor Game do Ano – Fallout 3


    Acho que não me cabe comentar os vencedores, porque a lista fala por si só. Escolhas feita pelo público sempre rende resultados bizarros (as mais recentes eleições para deputado federal são uma prova disso). E é preciso lembrar que certos resultados estão diretamente vinculados à campanha que cada empresa fez para ganhar mais votos. Ganhou quem realmente quis ganhar e chamou eleitores para si (no caso dos games premiados, venceram aqueles com mais fãs, não necessariamente os “melhores”). É assim que o processo democrático funciona. É por isso, imagino, que nem sempre as marcas mais conhecidas “top of mind” venceram.

    Ainda falando sobre essas categorias digamos “alternativas” (”melhor fonte de alimentação”, “melhor experiência de compra”, “melhor placa de vídeo” etc.): por mais esquisitas que pareçam, acho que a existência delas é válida numa premiação como essa. Além de fazer parte do interesse da Tambor em promover esses possíveis anunciantes (afinal, o Troféu nada mais é que uma maneira assumida e festiva de fazer uma média com o mercado), esta é um bom termômetro de como esse público enxerga as marcas que utiliza (ou não). Se observada a lista de categorias fora do contexto, é bizarro mesmo; já analisando a indústria brasileira como ela é, faz sentido. Não temos aqui estúdios de desenvolvimento de grande porte, publishers super atuantes e produtores de game com status de superstar. Indústria de game no Brasil é sinônimo de polêmica sobre preços elevados, jogos piratas ou oficiais, impostos, lojas de pequeno e médio porte, esforços individuais, distribuição legalizada e contrabando. Aqui é Terceiro Mundo, não é o Pokémon, cantaria algum amigo de Mano Brown.

    Há também quem reclame que um prêmio como esse não pode ser considerado a voz de toda uma indústria, já que está vinculado a uma única empresa de comunicação – não representaria, assim, o “todo”. Sendo bem honesto, eu acho que aqui é uma questão de oportunidade: como nenhuma outra empresa ou órgão se dignificou a bolar uma premiação semelhante até hoje, o Troféu Gameworld acaba por ser o evento bendito no mercado. Consequentemente, a Tambor se sente no direito de atribuir a si o mérito de ser “a maior premiação da indústria”. E no fim das contas é mesmo - afinal, é a única que existe. Mesmo assim, por conta disso, muita gente não aceita o prêmio como sendo “válido”, o que por si só é uma opinião aceitável. Talvez fosse mais singelo e simpático se o Troféu fosse descrito como “a premiação dos leitores das revistas EGM Brasil e NW”, mas não é bem o caso. Enfim, a vida não teria graça se as pessoas concordassem em tudo.

    O André Forastieri, diretor editorial da Tambor, aproveitou a ocasião para lançar um novo produto da casa: o site E+GW – Entretenimento + Gameworld, que se propõe a ser um portal “70% games + 30% entretenimento”, cujo objetivo é mediar a maior comunidade de gamers da América Latina, com possíveis extensões para Portugal e Espanha. Projeto ambicioso. A estreia está marcada para primeiro de maio, daqui exatamente um mês (a url ainda não foi divulgada). O site será comandado por uma pessoa que há muito tempo está longe do jornalismo de games (quem lia a EGM há alguns uns anos pode até descobrir quem é).

    da gamerbr

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