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    Guia Prático da NOVA ORTOGRAFIA

    Eek
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    Mensagem por Eek Seg 22 Out 2012, 01:13


    http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?typePag=novaortografia

    Guia Prático da NOVA ORTOGRAFIA

    Saiba o que mudou na ortografia brasileira

    Versão atualizada de acordo com o VOLP

    por Douglas Tufano
    (Professor e autor de livros didáticos de língua portuguesa)

    O objetivo deste guia é expor ao leitor, de maneira objetiva, as alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995.

    Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação ortográfica desses países.
    Este guia foi elaborado de acordo com a 5.ª edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), publicado pela Academia Brasileira de Letras em março de 2009.
    Mudanças no alfabeto

    O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:
    A B C D E F G H I J
    K L M N O P Q R S
    T U V W X Y Z

    As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:

    na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
    na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

    Trema

    Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
    Como era Como fica
    agüentar aguentar
    argüir arguir
    bilíngüe bilíngue
    cinqüenta cinquenta
    delinqüente delinquente
    eloqüente eloquente
    ensangüentado ensanguentado
    eqüestre equestre
    freqüente frequente
    lingüeta lingueta
    lingüiça linguiça
    qüinqüênio quinquênio
    sagüi sagui
    seqüência sequência
    seqüestro sequestro
    tranqüilo tranquilo

    Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.
    Mudanças nas regras de acentuação

    1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
    Como era Como fica
    alcalóide alcaloide
    alcatéia alcateia
    andróide androide
    apóia (verbo apoiar)apoia
    apóio (verbo apoiar)apoio
    asteróide asteroide
    bóia boia
    celulóide celuloide
    clarabóia claraboia
    colméia colmeia
    Coréia Coreia
    debilóide debiloide
    epopéia epopeia
    estóico estoico
    estréia estreia
    estréio (verbo estrear) estreio
    geléia geleia
    heróico heroico
    idéia ideia
    jibóia jiboia
    jóia joia
    odisséia odisseia
    paranóia paranoia
    paranóico paranoico
    platéia plateia
    tramóia tramoia

    Atenção:
    essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s). Exemplos: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc.

    2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
    Como era Como fica
    baiúca baiuca
    bocaiúva bocaiuva*
    cauíla cauila**
    * bacaiuva = certo tipo de palmeira
    **cauila = avarento

    Atenção:

    se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí;
    se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece. Exemplos: guaíba, Guaíra.

    3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
    Como era Como fica
    abençôo abençoo
    crêem (verbo crer) creem
    dêem (verbo dar) deem
    dôo (verbo doar) doo
    enjôo enjoo
    lêem (verbo ler) leem
    magôo (verbo magoar) magoo
    perdôo (verbo perdoar) perdoo
    povôo (verbo povoar) povoo
    vêem (verbo ver) veem
    vôos voos
    zôo zoo

    4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
    Como era Como fica
    Ele pára o carro. Ele para o carro.
    Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte.
    Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo.
    Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos.
    Comi uma pêra. Comi uma pera.

    Atenção:

    - Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.
    Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

    - Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

    - Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:
    Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
    Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
    Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
    Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
    Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
    Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.

    - É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

    5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.

    6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja:

    se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.
    Exemplos:
    verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
    verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
    se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.
    Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
    verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
    verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.

    Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.
    Uso do hífen com compostos

    1. Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação. Exemplos: guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca.

    *Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como
    girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo.

    2. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação. Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre.

    3. Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de ligação. Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra.

    Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Exemplos: maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta.

    * Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.

    4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo. Exemplos: gota-d'água, pé-d'água.

    5. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação. Exemplos:
    Belo Horizonte - belo-horizontino

    Porto Alegre - porto-alegrense

    Mato Grosso do Sul - mato-grossense-do-sul

    Rio Grande do Norte - rio-grandense-do-norte

    África do Sul - sul-africano

    6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Exemplos: bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-campo, cravo-da-índia.

    Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido entre os pares:
    a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformação nas vértebras).
    b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).Uso do hífen com prefixos

    As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.).

    Casos gerais

    1. Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:
    anti-higiênico
    anti-histórico
    macro-história
    mini-hotel
    proto-história
    sobre-humano
    super-homem
    ultra-humano

    2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra. Exemplos:
    micro-ondas
    anti-inflacionário
    sub-bibliotecário
    inter-regional

    3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra. Exemplos:
    autoescola
    antiaéreo
    intermunicipal
    supersônico
    superinteressante
    agroindustrial
    aeroespacial
    semicírculo

    * Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos:
    minissaia
    antirracismo
    ultrassom
    semirreta

    Casos particulares

    1. Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r. Exemplos:
    sub-região
    sub-reitor
    sub-regional
    sob-roda

    2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal. Exemplos:
    circum-murado
    circum-navegação
    pan-americano

    3. Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. Exemplos:
    além-mar
    além-túmulo
    aquém-mar
    ex-aluno
    ex-diretor
    ex-hospedeiro
    ex-prefeito
    ex-presidente
    pós-graduação
    pré-história
    pré-vestibular
    pró-europeu
    recém-casado
    recém-nascido
    sem-terra
    vice-rei

    4. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste último caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos:
    coobrigação
    coedição
    coeducar
    cofundador
    coabitação
    coerdeiro
    corréu
    corresponsável
    cosseno

    5. Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas por e. Exemplos:
    preexistente
    preelaborar
    reescrever
    reedição

    6. Na formação de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hífen diante de palavra começada por b, d ou r. Exemplos:
    ad-digital
    ad-renal
    ob-rogar
    ab-rogar

    Outros casos do uso do hífen

    1. Não se usa o hífen na formação de palavras com não e quase. Exemplos:
    (acordo de) não agressão
    (isto é um) quase delito

    2. Com mal*, usa-se o hífen quando a palavra seguinte começar por vogal, h ou l. Exemplos:
    mal-entendido
    mal-estar
    mal-humorado
    mal-limpo

    * Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não houver elemento de ligação. Exemplo: mal-francês. Se houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias.

    3. Usa-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu, mirim. Exemplos:
    capim-açu
    amoré-guaçu
    anajá-mirim

    4. Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos:
    ponte Rio-Niterói
    eixo Rio-São Paulo

    5. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:

    Na cidade, conta-
    -se que ele foi viajar.

    O diretor foi receber os ex-
    -alunos.

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      Data/hora atual: Qui 09 maio 2024, 03:40